O nascimento do bairro Candioti está vinculado às infraestruturas ferroviárias que conectam o porto da cidade de Santa Fé com o território e aos equipamentos e indústrias que sustentaram o crescimento da cidade no começo do século passado.
Hoje, a paisagem urbana do setor combina habitações de excelentes acabamentos pitorescos, italianizados ou modernos com a presença das fábricas de produção e transformação de energia, de purificação de água, cerveja e o aparecimento de torres de habitação que a reação ao código urbano tem restringido a certas ruas- corredores. O clima de bairro com infraestrutura que deixou o país imigrante e empreendedor, estão assentando com o surgimento de bares e restaurantes que atraem juventude e vida noturna.
O edifício contribui para o repertório do bairro com um tipo de habitação coletiva de densidade média com espaços abertos e uma linguagem que combina o industrial com o artesanal.
Dois corpos se separam por um pátio distribuidor, cuja escada é parte de uma estrutura metálica coberta por uns tanques de aço inoxidável, que junto da execução das grelhas e dos chapéus de ventilação de metal simpatizam com o equipamentos industrial e a parafernália ferroviária.
Os departamentos estão contidos lateralmente por divisões de tijolos a vista e superiormente por coberturas de placas e bordas vistas em chave “gringa”.
A frente oeste sofre o abandono do vazio urbano que causam as piscinas de tratamento de água, ainda que permitem vistas distantes em uma paisagem surrealista. O controle dessas condições é dado por um sistema de toldos de enrolar que também oferecem uma fachada em constante mutação.